Diferentes formas de
registrar os cálculos e técnicas operatórias
Uma criança não aprende
Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas sim resolvendo
situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os
conhecimentos que sejam frutos advindos da sua relação familiar e social.
Segundo Kamii (2000), os avanços conquistados pela didática da Matemática
permite afirmar que é com o uso do número, da análise e da reflexão sobre o sistema
de numeração que as crianças constroem conhecimentos a esse respeito.
O contato com o universo
matemático acontece desde a mais tenra idade, através de gestos simples como a
indicação dos anos de vida, ensinando a contagem dos números através dos dedos
das mãos e a escrever. Somente este contexto não proporciona possibilidades
para a criança estabelecer os conceitos numéricos e construir mentalmente a sua
estrutura dos números.
O professor tendo
consciência deste processo trabalha com o objetivo de encorajar a criança a
pensar ativamente e de forma autônoma em todos os tipos de situações e
relações, utilizando os conceitos já trazidos da sua vida para dentro do
ambiente escolar e fazendo novas relações. E, além de tudo como foi descrito
acima ter em mente que os conceitos de número não podem ser ensinados, mas
construídos pela própria criança por etapas, respeitand
o suas limitações e
compreendendo que as crianças não constroem um número isoladamente.
Para que as crianças
percebam e internalizem diferentes tipos de cálculos e operações é importante
propiciar um ambiente rico em opções, como o uso de materiais variados
(dourado, fichas coloridas, ábacos e jogos), Incentivar a resolução de
problemas (contextualizados, desafiadores e não convencionais). Encorajar as
crianças a pensarem sobre os números, socializar dúvidas na interação com os
colegas e encontrar soluções permite desenvolverem cada vez mais sua autonomia
e avançar ao aprendizado significativo.
Pesquisar sobre a
importância do cálculo mental para a construção do conceito de número
Segundo Correa (2004),
cálculo mental é um conjunto de estratégias mobilizadas de cabeça ou de
memória, que faz (ou não) uso dos dedos para obter resultados exatos ou
aproximados, podendo ser utilizado, no mesmo sentido, a expressão cálculo oral.
Segundo Bittar e Freitas
(2005), o cálculo mental, diferentemente do cálculo escrito, possibilita ao
aluno desenvolver seu próprio procedimento de cálculo sem se limitar a um
processo único, o que o torna mais autônomo, tendo liberdade em escolher
caminhos para obter soluções aos problemas propostos.
De acordo com uma
pesquisa feita por Butlen e Pezard (1992), foi possível constatar que o cálculo
mental parece ser um campo privilegiado para testar as concepções numéricas dos
alunos e sua disponibilidade. O calculo mental permite aos alunos trabalharem
rápido, buscando novas técnicas, explicitarem as estratégias adotadas,
compararem e fazerem escolhas entre elas.
Butlen e Pezard
verificaram que a interação social desencadeada durante as sessões de cálculo
mental favorecem a aprendizagem tanto do ponto de vista individual como do
ponto de vista coletivo. Onde verificaram que ajuda o aluno a organizar seu
pensamento, ao expressá-lo para outras pessoas, aumentando assim o grau de
articulação e de precisão na verbalização. Possibilita agilidade no trabalho
cognitivo, pois é estimulado a encontrar rapidamente uma solução para o
problema apresentado, buscando técnicas eficazes e adequadas, bem como
levando-o a explorar outros caminhos.
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