quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

TÉCNICAS ADOTADAS E CALCULO MENTAL



Diferentes formas de registrar os cálculos e técnicas operatórias


Uma criança não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas sim resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos advindos da sua relação familiar e social. Segundo Kamii (2000), os avanços conquistados pela didática da Matemática permite afirmar que é com o uso do número, da análise e da reflexão sobre o sistema de numeração que as crianças constroem conhecimentos a esse respeito.
O contato com o universo matemático acontece desde a mais tenra idade, através de gestos simples como a indicação dos anos de vida, ensinando a contagem dos números através dos dedos das mãos e a escrever. Somente este contexto não proporciona possibilidades para a criança estabelecer os conceitos numéricos e construir mentalmente a sua estrutura dos números.
O professor tendo consciência deste processo trabalha com o objetivo de encorajar a criança a pensar ativamente e de forma autônoma em todos os tipos de situações e relações, utilizando os conceitos já trazidos da sua vida para dentro do ambiente escolar e fazendo novas relações. E, além de tudo como foi descrito acima ter em mente que os conceitos de número não podem ser ensinados, mas construídos pela própria criança por etapas, respeitand
o suas limitações e compreendendo que as crianças não constroem um número isoladamente.
Para que as crianças percebam e internalizem diferentes tipos de cálculos e operações é importante propiciar um ambiente rico em opções, como o uso de materiais variados (dourado, fichas coloridas, ábacos e jogos), Incentivar a resolução de problemas (contextualizados, desafiadores e não convencionais). Encorajar as crianças a pensarem sobre os números, socializar dúvidas na interação com os colegas e encontrar soluções permite desenvolverem cada vez mais sua autonomia e avançar ao aprendizado significativo.


Pesquisar sobre a importância do cálculo mental para a construção do conceito de número


Segundo Correa (2004), cálculo mental é um conjunto de estratégias mobilizadas de cabeça ou de memória, que faz (ou não) uso dos dedos para obter resultados exatos ou aproximados, podendo ser utilizado, no mesmo sentido, a expressão cálculo oral.
Segundo Bittar e Freitas (2005), o cálculo mental, diferentemente do cálculo escrito, possibilita ao aluno desenvolver seu próprio procedimento de cálculo sem se limitar a um processo único, o que o torna mais autônomo, tendo liberdade em escolher caminhos para obter soluções aos problemas propostos.
De acordo com uma pesquisa feita por Butlen e Pezard (1992), foi possível constatar que o cálculo mental parece ser um campo privilegiado para testar as concepções numéricas dos alunos e sua disponibilidade. O calculo mental permite aos alunos trabalharem rápido, buscando novas técnicas, explicitarem as estratégias adotadas, compararem e fazerem escolhas entre elas.
Butlen e Pezard verificaram que a interação social desencadeada durante as sessões de cálculo mental favorecem a aprendizagem tanto do ponto de vista individual como do ponto de vista coletivo. Onde verificaram que ajuda o aluno a organizar seu pensamento, ao expressá-lo para outras pessoas, aumentando assim o grau de articulação e de precisão na verbalização. Possibilita agilidade no trabalho cognitivo, pois é estimulado a encontrar rapidamente uma solução para o problema apresentado, buscando técnicas eficazes e adequadas, bem como levando-o a explorar outros caminhos.
 

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