quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

REFERENCIA



Referência

BITTAR, M.; FREITAS, J.L.M. de. Fundamentos e metodologia de Matemática para os ciclos iniciais do ensino fundamental. 2ª ed., Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2005.

BUTLEN  D. e PEZARD, M. Calcul mental et resolution de problemes multiplicatifs, une experimentation du CP au CM2. Recherches en Didactique des Mathématiques, vol.12, n23, p.319-368, 1992.

CORREA, J. A resolução oral de tarefas de divisão por crianças. Revista Estudos de Psicologia, Natal, vol.9 nº.1, Jan./Abr.2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/epsic/v9n1/22390.pdf. Acesso em 15 Nov 2012.

KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas: Editora Papirus, 2000.

RAMOS, Luzia Faraco. Conversa Sobre Números ações e Operações: Uma proposta criativa para o ensino de matemática nos primeiros anos- São Paulo Ática, 2009.

TÉCNICAS ADOTADAS E CALCULO MENTAL



Diferentes formas de registrar os cálculos e técnicas operatórias


Uma criança não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas sim resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos advindos da sua relação familiar e social. Segundo Kamii (2000), os avanços conquistados pela didática da Matemática permite afirmar que é com o uso do número, da análise e da reflexão sobre o sistema de numeração que as crianças constroem conhecimentos a esse respeito.
O contato com o universo matemático acontece desde a mais tenra idade, através de gestos simples como a indicação dos anos de vida, ensinando a contagem dos números através dos dedos das mãos e a escrever. Somente este contexto não proporciona possibilidades para a criança estabelecer os conceitos numéricos e construir mentalmente a sua estrutura dos números.
O professor tendo consciência deste processo trabalha com o objetivo de encorajar a criança a pensar ativamente e de forma autônoma em todos os tipos de situações e relações, utilizando os conceitos já trazidos da sua vida para dentro do ambiente escolar e fazendo novas relações. E, além de tudo como foi descrito acima ter em mente que os conceitos de número não podem ser ensinados, mas construídos pela própria criança por etapas, respeitand
o suas limitações e compreendendo que as crianças não constroem um número isoladamente.
Para que as crianças percebam e internalizem diferentes tipos de cálculos e operações é importante propiciar um ambiente rico em opções, como o uso de materiais variados (dourado, fichas coloridas, ábacos e jogos), Incentivar a resolução de problemas (contextualizados, desafiadores e não convencionais). Encorajar as crianças a pensarem sobre os números, socializar dúvidas na interação com os colegas e encontrar soluções permite desenvolverem cada vez mais sua autonomia e avançar ao aprendizado significativo.


Pesquisar sobre a importância do cálculo mental para a construção do conceito de número


Segundo Correa (2004), cálculo mental é um conjunto de estratégias mobilizadas de cabeça ou de memória, que faz (ou não) uso dos dedos para obter resultados exatos ou aproximados, podendo ser utilizado, no mesmo sentido, a expressão cálculo oral.
Segundo Bittar e Freitas (2005), o cálculo mental, diferentemente do cálculo escrito, possibilita ao aluno desenvolver seu próprio procedimento de cálculo sem se limitar a um processo único, o que o torna mais autônomo, tendo liberdade em escolher caminhos para obter soluções aos problemas propostos.
De acordo com uma pesquisa feita por Butlen e Pezard (1992), foi possível constatar que o cálculo mental parece ser um campo privilegiado para testar as concepções numéricas dos alunos e sua disponibilidade. O calculo mental permite aos alunos trabalharem rápido, buscando novas técnicas, explicitarem as estratégias adotadas, compararem e fazerem escolhas entre elas.
Butlen e Pezard verificaram que a interação social desencadeada durante as sessões de cálculo mental favorecem a aprendizagem tanto do ponto de vista individual como do ponto de vista coletivo. Onde verificaram que ajuda o aluno a organizar seu pensamento, ao expressá-lo para outras pessoas, aumentando assim o grau de articulação e de precisão na verbalização. Possibilita agilidade no trabalho cognitivo, pois é estimulado a encontrar rapidamente uma solução para o problema apresentado, buscando técnicas eficazes e adequadas, bem como levando-o a explorar outros caminhos.
 

PROPOSTA DE ATIVIDADE EM SALA DE AULA




Passo 2

Selecionar duas situações e preparar uma atividade para ser proposta em sala de aula, lembrando-se de definir a que ano de escolaridade se destina.
Situação escolhida
Fazer compras - verificar o valor que tem com o que se quer comprar. Pesar legumes, verduras na feira, lidar com quantidade dúzia e quilograma.
Ver horas no relógio – horas, minutos e segundos

Faixa etária escolhida de 09 anos



  










As diferentes formas de operar a matemática no dia-a-dia                              


Tendo em vista que os conhecimentos matemáticos são de difícil assimilação, propomos um tema com base no cotidiano da criança, pois a matemática se faz presente na mais diversas situações do nosso dia-a-dia, e a criança parte integrante da sociedade precisa gradativamente necessita, tanto aprender como lidar com as situações rotineiras que envolvem a matemática no dia-a-dia. Nesse sentido na sala de aula se faz necessário planejar atividades que proporcionem aprendizado com base nos conhecimentos prévios que a criança traz consigo como por exemplo, ir a feira com os pais aos domingos, ver horas, dentre muitas outras vivências diárias. Conforme o PCN ensinar matemática com base no cotidiano da criança facilita o aprendizado, não que este será suficientemente bom o bastante por si só, mas da ao professor oportunidade de sair do esquema do simples decoreba. Como disse Ausubel, uma aprendizagem memoristica, não faz conexão com conhecimento prévio, não vai se ancorando, ou seja, uma aprendizagem inconsistente e por consequência maior probabilidade de esquecer o conteúdo. Nesse sentido podemos dizer que os conhecimentos da vivência da criança servem como ancoragem e possibilita a formação de novos conceitos. Ao propormos ensinar horas para os alunos através da confecção do relógio e a manipulação de materiais, pudemos observar que esta prática ultrapassou nossos objetivos, porque ale da criança aprender horas, muitos conceitos são ampliados e fixados, tais como: ordem, sequência, formas geométricas, números romanos, quantidade, medida, noção de tempo, calculo mental.

Atividade: a criança e as horas
Destina-se a crianças de 09 anos de idade e 4º ano do Ensino Fundamental
Procedimentos
1ª Etapa Análise do conhecimento prévio, exposição do conteúdo e esclarecimento de dúvidas;
Objetivo: Aprender hora, minuto, segundo, ou seja, ampliar o conceito de sequência, ordem, quantidade;
2ª Etapa: Dividir a classe em grupos e solicitar matérias.
Caixa de fósforos, cartolina, palitos de sorvete, tampinhas de refrigerante, guache, lápis colorido, tampas de potes plástico redondos, caderno agenda para servir como medida.
Essa etapa leva algumas aulas para ser concluída, pois, a manipulação dos objetos e comunicação entre os grupos se faz necessária.
3ª Etapa: Ao término da construção do relógio e a socialização dos conhecimentos, se faz necessário Exercícios de fixação.